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Breve Introdução Histórica

Segundo a maioria dos antropólogos, o ser humano habita este planeta há mais de dois milhões de anos. Mais de três quartos deste tempo a nossa espécie passou nas culturas de coleta dos frutos da terra, da pesca e caça aos pequenos animais. Nessas sociedades não há necessidade de força física para a sobrevivência, e nelas as mulheres possuíam poder, um lugar central, consideradas um ser sagrado por dar a vida e portanto, ajudando na fertilidade da terra e dos animais. Nesses grupos, o princípio masculino e o feminino governam juntos. Havia divisão de trabalho entre os sexos, rodízio de liderança e não havia desigualdade. A relação entre homens e mulheres era mais fluída. No nosso tempo ainda existe remanescentes dessas culturas, tais como os grupos mahoris (Indonésia), pigmeus e bosquímanos ( América Central), grupos que sobrevivem exclusivamente da terra, pesca e caça.


Mas diferente das culturas patriarcais, essas culturas primitivas tinham de ser cooperativas, para poder sobreviver a condições hostis. Nas regiões em que a coleta é escassa, ou vão se esgotando os recursos naturais, iniciou se a caça sistemática aos grandes animais. E aí começou a se instalar a supremacia masculina e a competitividade entre os grupos na busca de novos territórios. Para sobreviver, as sociedades têm de competir entre si por um alimento escasso. As guerras se tornam constantes e passam a ser mitificadas. Os homens mais valorizados são os heróis guerreiros. Começa a se romper a harmonia que ligava a espécie humana à natureza. Mas ainda não se instala a lei do mais forte. O homem não conhece com precisão a sua função reprodutora e crê que a mulher fica grávida dos deuses. Por isso ela ainda conserva poder de decisão.

Nas culturas que vivem da caça, já existe estratificação social e sexual, mas não é completa como nas sociedades que se lhe seguem.

É no decorrer do neolítico que, em algum momento, o homem começa a dominar a sua função biólogica, reprodutora, e, podendo controlá-la, pode também controlar a sexualidade feminina. Aparece então o casamento como o conhecemos hoje, em que a mulher é propriedade do homem e a herança se transmite através da descendência masculina.

Hoje há consenso entre os antropólogos de que os primeiros humanos a descobrir o ciclos da natureza foram as mulheres, porque podiam compará-las com o ciclo do próprio corpo. Mulheres também devem ter sido as primeiras plantadoras e ceramistas, mas foram os homens que, a partir da invenção do arado, sistematizaram as atividades agrícolas, iniciando uma nova era, a era agrária, e com ela a história que vivemos hoje.

Para poder arar a terra, os agrupamentos humanos deixam de ser nômades. São obrigados a se tornar sedentários. Dividem a terra e formam as primeiras plantações.
Começam a se estabelecer as primeiras aldeias, depois cidades, cidades-estados, Estados e Impérios, no sentido antigo do termo. As sociedades então se tornam patriarcais e o que prevalece é a lei do mais forte.

Nesse contexto, quanto mais filhos, mais soldados e mais de mão-de-obra barata para arar a terra. As mulheres tinham a sua sexualidade rigidamente controlada pelos homens. O casamento era monôgamico e a mulher era obrigada a sair virgem das mãos do pai para as mãos do marido. Qualquer ruptura desta norma podia significar a morte. Assim também o adultério: um filho de outro homem viria ameaçar a transmissão da herança que se fazia através da descendência da mulher. A mulher fica, então reduzida ao âmbito doméstico. Perde qualquer capacidade de decisão no domínio público, que fica inteiramente reservado ao homem.

Sua figura agora se reservava a ser estritamente uma boa dona de casa, esposa e mãe.

Apesar de todos os problemas enfrentados pelas mulheres, hoje passamos por uma revolução silenciosa, que pode ser vista nas faculdades. Em todos os cursos de graduação, especialização, doutorado e pós-doutorado, há uma predominância do sexo feminino.

Falar em mulheres é bifurcar-se em dois parâmetros de fundamental importância no mundo moderno, é vê-la pelo lado romântico de Julieta; das criações de Vinícios de Morais; de Pablo Neruda; e muitos outros que a encantaram em prosas e versos. Do mesmo modo, é imprescindível observar a mulher pelo lado de sua integração na sociedade, conquistando espaço e ajudando a construir um mundo sem discriminação, onde homens e mulheres se completam na busca de um bem-estar conjunto, todos numa só união.

Neste sentido, a mulher deve seguir os dois caminhos, o de ser feminina-mulher-mãe e o de ser agente social, econômico e político. Uma mulher participativa, trabalhadora e que quer contribuir para a evolução dos tempos, como um ser humano que pensa, que tem forças e quer ser útil à sociedade.


Pelo lado romântico, a mulher é a flor mais sublime que a natureza deixou na terra pelo seu perfume, pelo seu falar carinhoso e pela sua maneira de conseguir tudo que anseia, porque, como dizem os poetas, a mulher se assemelha a uma rosa que exala perfume nos momentos de mais terríveis dissabores.


Ninguém inspirou mais canções, como nos grandes textos literários, nas telas de grandes pintores, nas poesias de todas as épocas,nos corações dos boêmios, do que a mulher, criação divina para este mundo rebelde que não sabe preservar o presente tão pequeno no tamanho, mas grande na beleza, no amor e na inspiração.

Ao parodiar a Bíblia, Deus soube presentear muito bem, quando recompensou Adão com a obra prima que nenhum escultor soube talhar tão eficientemente, a sua Eva.
Na Bíblia elas sempre estiveram no centro do seu projeto, em primeiro lugar, segundo as Escrituras, Deus não escolheu uma casta de fariseus, sacerdotes ou de filósofos para educar o Menino Jesus, mas uma mulher, uma adolescente não contaminada com o sistema masculino vigente. A primeira pessoa a anunciar Jesus na palestina foi uma mulher, a mulher samaritana. Determinada, reuniu seu povo e falou do homem que a comovera. Uma prostituta foi mais nobre que os líderes religiosos do seu tempo.
Onde estavam as mulheres quando Jesus Cristo morria? Próximas da Cruz, mas não só, elas sempre estiveram no epicentro de seu projeto. Porque as mulheres são mais fortes, inteligentes, sensíveis, humanas, generosas, altruístas, solidárias, tolerantes, companheiras e mais fiéis que os homens. Seus discípulos eram heróis quando Jesus abalava o mundo, mas foram covardes quando o mundo desabava sobre Ele.


A história relata muitos e muitos casos, onde a mulher conseguiu com sua astúcia angelical arrasar os homens com força e poder descomunal, pois foi Dalila com sua meiguice quem destruiu Sanção e Cleópatra quem domou César de sua brutalidade insustentável, chegando até a destruí-lo. A mulher sempre foi elevada aos mais altos pedestais da pureza, da humildade e da simplicidade, pela sua maneira de ser, de falar ou de olhar. Não foi por nada que Leonardo da Vince imaginou a sua bela adormecida - Mona Lisa. A criatividade do pintor foi a poesia do bonito que pousou numa visão sobre-natural de quem via na mulher a razon d'être de sua genialidade inconfundível ao longo dos tempos e além do mais, encantou a mulher com a sua maneira psicográfica de desnudar a natureza e mostrar seu canto. E a criação maior de Leonardo da Vince é, e será sempre, uma mulher feminina, meiga, que dá amor a toda humanidade e busca paz para doar onde só existam espinhos prontos para magoar quem nunca lhe feriu. No encanto da vida, a mulher é a luminosidade que nunca deve se apagar, pois a ausência dela é uma escuridão que não há recurso energético que faça enxergar, mesmo estando no claro. A visão do amor é mais forte e somente a mulher pode doar seu corpo, sua alma e sua vida para encantar o mundo de injustiças. Essa mulher que encanta é a mulher mãe, é a mulher amante e amada e é, sem sombra de dúvida, a criação maior da natureza.


Este projeto visa eternizar em fotografias as mulheres que de alguma forma desenvolvem qualquer gênero de actividade: Mulheres que estão a fazer a diferença em nossa sociedade,lares e vidas. Empresárias dos mais variados setores, arquitetas, mestras de qualidade reconhecidas, executivas de grandes empresas ou entidades, médicas e cientistas. Artistas das mais variadas modalidades, intelectuais brilhantes. E beneméritas, mães, amigas, companheiras. Mulheres que encontraram tempo para desenvolver a parte mais sublime da matemática. A operação de Dividir. São as mulheres que Dividem e Somam.

Este é o retrato da mulher actual, dinâmica, moderna com o sentido inato do verdadeiro empreendedorismo da vida, pois preenche o seu tempo em prol da Família.


"Existem três coisas que podemos fazer pelas mulheres: amá-las, sofrer por elas, ou torná-las literatura".(Stephen Stills).


Registrar em FOTOGRAFIA a Alma das Mulheres será para mim como escrever um LIVRO...


E Livros são ETERNOS!

Tuesday, April 5, 2016

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